sábado, 16 de abril de 2016

Professor atravessa a nado um rio para dar aula numa localidade vizinha

Um homem de 40 anos, professor, atravessa diariamente a nado um rio na Índia para poder dar aulas numa localidade vizinha, mas mal servida de transportes. O ritual repete-se há 20 anos.

Abdul Mallik começou a dar aulas em 1992 em Malappuram, no estado de Kerala, no sul da Índia. A escola em que foi colocado ficava numa localidade a 12 quilómetros, separada por um rio. No início da carreira, o professor primário recorria ao serviço de autocarros, mas este revelou-se sempre pouco eficaz.
Abdul tinha de se levantar de madrugada, apanhar vários autocarros até chegar à escola. O percurso demorava em média três horas e, segundo relata, muitas vezes não conseguia entrar nos transportes por estarem cheios ou por serem suprimidos.
Fez contas à vida e concluiu que de sua casa ao rio demorava dez minutos a pé. Depois, era atravessar o rio e mais um quilómetro a pé a andar até à sua escola. E acabou mesmo por colocar este plano em prática

Com o auxílio de uma câmara de ar de um pneu de automóvel velho, a lancheira com o almoço e um saco com roupa para se trocar após a travessia do rio, por sinal bem poluído, Abdul Mallik começou esta rotina diária há 20 anos. Por dedicação aos seus alunos.
Em entrevista a uma televisão local, divulgada nas redes sociais esta sexta-feira, explica que a sua decisão de atravessar diariamente o rio a nado não foi tomada por uma questão de poupança, mas sim pelo facto de a Índia ser um país com graves problemas de abandono escolar. Abdul conta que com o seu exemplo "quer dar mais motivação" aos alunos da AMLP School para prosseguirem os seus estudos.

Leia mais: http://www.jn.pt/mundo/interior/professor-atravessa-rio-a-nado-ha-20-anos-para-dar-aulas-5127955.html#ixzz462l9VI00 
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sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Brasileiros procuram intercâmbio na Índia para fazer voluntariado

           Mulheres participam do primeiro 'Shahi Snan' (grande banho) no rio Ganges


A Índia está entre os países mais procurados para intercâmbio na Aiesec do Brasil, organização que envia estudantes para o exterior. Atualmente, são cerca de cem brasileiros que participam em seus dois programas de intercâmbio no país, o voluntariado e o profissional.
A possibilidade de conciliar trabalho voluntário e conhecer uma cultura milenar, aliado a um local exótico, fascina os intercambistas. Após a divulgação na mídia do caso do estupro da indiana, a procura não se alterou na Aiesec do Brasil.
Só saía com o pessoal da Aiesec ou com grupos de brasileiros que conheci na Índia. A volta, à noite, era sempre de táxi, nunca de ônibus. Antes de entrar no carro, perguntava a placa e o número de registro do taxista e ligava para a família que me hospedava para avisá-los
CAMILA MARÇAL, 23
"Os estudantes escolhem o país pela cultura porque é muito diferente das que eles já conhecem, como é o caso da americana, da europeia e da latino-americana", comenta a diretora de comunicação, Ana Luisa Gomide.
"Pretendo voltar", diz sem vacilar a intercambista Camila Marçal, que é de Ribeirão Preto (interior de São Paulo). "Tinha uma ideia de fazer voluntariado em um lugar desafiador e totalmente diferente, que não fosse a primeira escolha de outros brasileiros. Queria um país onde houvesse necessidade de maior apoio. E os indianos foram muito receptivos comigo."
Por sua amizade com os indianos, a brasileira teve uma escolinha de ensino fundamental batizada com seu nome, com alunos de dois a seis anos que estudam em uma tenda e recebem refeições. Até hoje ela envia dinheiro arrecadado entre amigos e parentes, ou destina parte do salário, para bancar o projeto de educação, e daí vem sua vontade de retornar ao país, para ver como estão os alunos.
Camila passou dois meses em Bangalore, "na parte mais pobre da cidade". Durante sua estadia, deu aulas de inglês e orientou mulheres indianas muçulmanas sobre problemas familiares.
As reuniões eram fechadas e ocorriam durante o horário de trabalho dos maridos. Os temas se alternavam entre dar banho e comida de forma adequada aos filhos ou como providenciar um documento de identificação, equivalente ao RG do Brasil. 
"Sem ele, elas sequer existem para a sociedade", explica Camila, que ouvia também reclamações das mulheres sobre falta de água, saneamento básico precário, partos realizados de maneira imprópria, maridos que roubavam todo o dinheiro da casa para gastar em bebida ou drogas ou violência doméstica. "Pedíamos para irem com calma. Eram muito submissas e não queríamos provocar problemas para elas dentro de suas famílias."

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

SEMANA DA PEDAGOGIA - Contos Africanos na Educação

ONDE AS HISTÓRIAS AFRICANAS SÃO CONTADAS ATRAVÉS DE MÚSICAS E
MANIPULAÇÃO DE PERSONAGENS,ONDE A CRIANÇA LEVA SUA IMAGINAÇÃO PARA BEM LONGE.............
























quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Acesso igualitário a educação é desafio para Índia na próxima década



http://www.bbc.com/portuguese/multimedia/2009/04/090402_indiaeducacaonovo.shtml


A desigualdade que marca a vida financeira da Índia também marca a educação do país.
De um lado, a Índia tem universidades que são centro de referência em áreas de estudo de ponta, como tecnologia da informação e telecomunicações. De outro, milhões de indianos ainda lutam para ter acesso a níveis primários de educação.
Analistas concordam em afirmar que o governo indiano precisa estender os benefícios de uma educação de qualidade a milhões de pessoas, se o país quiser estar à frente da economia mundial nos próximos anos.

Brasileira lança marca de moda na Índia que reverte parte do lucro para ajudar crianças pobres no país


 POSTED ON
A brasileira Letícia Salles sempre trabalhou com moda e sentia que precisava dar algo em troca para a sociedade. Ela vive na Índia há dois anos e meio e em julho deste ano Letícia um sócio indiano inauguraram uma marca de moda social chamada Happee.
Como diria Gandhi, o propósito da marca é “ser a mudança que você quer ver no mundo”. A ideia é criar uma moda consciente, que ajude a quem precisa. A cada produto vendido (lenços, sapatilhas ou bolsas bordadas à mão), eles destinam 2 dólares para a educação de crianças carentes, além de apoiar os artesãos que fabricam os produtos da marca.
O escritório da Happee fica em Jaipur, onde proporciona moradia, alimentação e estudos para 60 crianças com HIV atendidas por uma ONG chamada Rays.
Com o passar do tempo, pretendemos expandir nossas operações e nosso trabalho social a outros países, principalmente o Brasil. Nosso escritório fica baseado em Jaipur, mas entregamos no mundo inteiro, e já temos clientes da Índia, Brasil (mais da metade), Estados Unidos, Reino Unido, Colômbia, Rússia e China”, conta Letícia.






domingo, 15 de novembro de 2015

Uma viagem à India






A India é o lugar de magia e encanto quem chega não quer ir embora,sempre quer voltar,agora me diz e quando você conhece as crianças de lá,que não podem ver pessoas de outros países com uma camera e querem sempre que tirem uma foto para ficar de lembrança....é o que aconteceu com a minha amiga Tannya Araujo,ela foi para India e quando foi em uma de suas visitas ao sul da India ela deparou com elas,como não se apaixonar,como não amar mesmo na situação que elas se encontram estão ali sempre com um sorriso no rosto,indo e vindo algumas não outras sim com seus uniformes impecáveis todos arrumados,pés no chão ,mas ali não importa o sapato o importante é o ler,escrever....é o aprender......



                                                                                    Aqui uma escola em Hamoi,no sul da India,onde as crianças entram de manhã e passam o dia na escola além das matérias tradicionais,elas tem outras matérias diferenciadas.



  Crianças voltando para suas casas,depois de um dia de aula,sempre em grupos nunca sozinhas,pelo fato dos muitos estupros que acontecem na India com crianças,jovens e adultos.

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Minha amiga e as crianças,do lado onde ela estava hospedada em Hampi tem uma escola,mas la só frequentam os maiores,essas crianças  estavam na rua sozinhas brincando de escola e quando viram ela com a câmera  ja quiseram tirar foto.

Brasileira aluna de Harvard vai para Índia pesquisar o sistema de ensino

Tábata Amaral foi conhecer ações que poderiam ser aplicadas no Brasil.
Jovem de SP pretende se formar em astrofísica na universidade dos EUA.
    Tábata Amaral (à esquerda) com as crianças das vila de Gomla, na Índia (Foto: Arquivo pessoal)Depois de concluir o primeiro ano letivo na Universidade Harvard, nos Estados Unidos, uma das mais conceituadas do mundo, a brasileira Tábata Amaral de Pontes, de 19 anos, aproveitou as férias de verão para realizar mais um de seus sonhos: conhecer a Índia. Mais do que passear pelos pontos turísticos ou viver a cultura indiana, Tábata aproveita a temporada de dois meses em Maharashtra, estado da região ocidental, para estudar o sistema de ensino do país e aprender sobre soluções aplicadas por eles que funcionariam no Brasil. Tábata retorna para o Brasil nesta segunda-feira (5) e ainda passa por São Paulo, antes do reinício das aulas nos Estados Unidos.Na Índia a brasileira trabalha com uma companhia privada chamada Mission Apollo, que tem como objetivo, entre outras coisas, desenvolver o gosto pela ciências entre os estudantes. Tábata passou por dez escolas de Maharashtra falar sobre o Brasil, a importância dos estudos e sua história de vida – ela é de uma família de baixa renda, estudou na rede pública até conseguir uma bolsa de estudo e migrar para particular, superou dificuldades, ganhou dezenas de medalhas de olimpíadas estudantis e foi aceita em Harvard. Também conheceu os principais jornais do país, ONGs e instituições particulares que têm trabalhos ligados à educação.A Mission Apollo promove acampamentos e oficinas para ensinar ciências em escolas públicas e privadas de maneira divertida. Não foi à toa que Tábata quis trabalhar para esta ONG. Ela é fã de ciências, pretende se formar em astrofísica, e no Brasil participou de várias olimpíadas estudantis e ajudou a criar um projeto voluntário que treina alunos da rede pública a participar dessas competições, o Vontade Olímpica de Aprender (VOA).




                                                      Tábata com os alunos em uma escola de Baramati,
                                                      onde recebeu um troféu como homenagem
                                                                       (Foto: Arquivo pessoal)




“Ainda que os desafios do Brasil e Índia sejam os mesmos, temos culturas muito diferentes, o que nos leva a apresentar soluções diferentes. Isso é incrível porque significa que os dois países podem trabalhar juntos para encontrar respostas”, afirma.
Para Tábata, os dois países têm problemas comum como déficit de professores e problema de infraestrutura nas escolas, porém a Índia ainda tem de superar desafios. “O número de meninas que frequentam a escola é muito pequeno comparado ao de meninos, muitas são impedidas de nascer, e as que nascem não são incentivadas a estudar e as escolas basicamente têm que caçar os alunos para preencherem as suas vagas.”
Inspiração
Algumas experiências chamaram a atenção de Tábata na Índia. Segundo ela, lá as escolas particulares têm de reservar 25% de suas vagas para alunos de situação financeira precária, que depois são reembolsadas pelo governo.  “Outra coisa que gostei daqui é o fato de as escolas estarem incorporando cada vez mais atividades extracurriculares, como esportes e as mais diversas artes em seus currículos. Além disso, as provas escritas passaram a ser apenas uma parte da avaliação do aluno, e quesitos como fala, colaboração, ética, apresentação de projetos fazem parte da mesma.”
"Quero levar para o Brasil algo que aprendi em uma vila rural chamada Gomla: quando as pessoas se unem para solucionarem os problemas do lugar onde vivem, coisas maravilhosas e inimagináveis surgem"
Tábata Amaral, aluna de Harvar

A jovem também teve a oportunidade de conhecer a MKCL (Maharashtra Knowledge Corporation Ltda), uma companhia que combina os setores público e privado na “alfabetização digital”. “A empresa é voltada para as pessoas com menores condições, nas áreas mais remotas, e está revolucionando a Índia. Gostaria muito que tivéssemos algo como a MKCL no Brasil e tenho muita vontade de criar uma empresa que melhore a educação nas escolas públicas do nosso país, combinando a agilidade e eficiência do setor privado, o lado social de uma ONG, e a abrangência do setor público.”
Comida, novela e cores

Tábata mora na casa de uma família com três jovens da sua idade, ela diz que a experiência está sendo muito rica e que vai sentir saudades. “Aprendi a cozinhar com eles, os ensinei a fazer comidas brasileiras, comemos no chão juntos, assistimos TV juntos, eu não entendo nada, mas novela é sempre novela... Com eles aprendi muito sobre o hinduísmo e a sua filosofia, sobre os casamentos indianos, a história do país, e até aprendi algumas palavras em hindi e outras em marathi. Amo a cultura indiana, amo as cores e alegria do país.”
A estudante afirma que nestes dois meses se habituou a ver porcos, cabras, vacas, elefantes e outros animais dividindo espaço com os carros, e presenciou cenas de pobreza e preconceito contra as mulheres.  “É muito comum ver crianças carregando outras crianças no colo para pedir esmola ou ainda fazendo suas necessidades, dormindo e comendo no mesmo lugar. Também ainda é comum ver a mulher em uma posição inferior, tendo que cobrir a cabeça, estar em um ambiente separado dos homens ou nem sair de casa.”
“Assim como o Brasil, a Índia é um país de contrastes e eu estou aprendendo muito com a minha experiência. Não apenas quero levar para o Brasil o que aprendi sobre a educação e sobre como superar seus desafios, mas também algo que aprendi em uma vila rural chamada Gomla: quando as pessoas se unem para solucionarem os problemas do lugar onde vivem, coisas maravilhosas e inimagináveis surgem.”
Voluntariado

O intercâmbio foi possível graças a um programa oferecido por Harvard que cobriu as despesas, porém o trabalho de pesquisa, em si, não é remunerado. É a própria universidade que seleciona os interessados por meio de um processo seletivo que inclui currículo, carta de recomendação e redações. Como as férias de verão nos Estados Unidos são longas, duram mais de três meses, é comum os alunos aproveitarem o tempo para fazer estágios e trabalhos voluntários em outros países. Antes de viajar, ainda em Harvard, Tábata participou de um treinamento sobre a cultura e modo de vida dos indianos, dicas de como agir se for colocada em situação de risco e recebeu vacinas.
            Tábata Amaral no Taj Mahal, um dos principais pontos turísticos da Índia (Foto: Arquivo pessoal)